Em busca de se firmar como a 3ª colocada no ranking de vendas
brasileiro, posição na qual se intercala nos últimos tempos com a
Suzuki, a Dafra lança a nova Next 250. Passo a passo a marca vai
aumentando a sua gama de produtos e entra em um segmento muito
importante no país. As motos urbanas destinadas ao asfalto na faixa de
cilindrada de 250/300 cm³ representam cerca de 6% das vendas internas,
ou seja, uma média de 110 mil unidades ao ano.
E mesmo que ainda longe do principal segmento, o das urbanas de 125/150
cm³, que absorvem cerca de 50%, esta faixa de 250/300 possui a
característica de ser o sonho de muitos motociclistas que querem
aumentar de cilindrada.
“Além de conseguir um interessante número de vendas, esperamos cerca de 10 mil unidades por ano, a Next 250 será importante para a imagem da empresa”, explica Creso Franco, presidente da Dafra. Para obter este produto, a marca brasileira buscou junto à SYM, parceira da Dafra em Taiwan, a Next 250, produto que custou cerca de US$ 10 milhões para ser desenvolvido pela fabricante taiwanesa.
As armas da Next 250 para conquistar o público são seu visual agressivo e o diferenciado conjunto tecnológico, que conta com motor de refrigeração líquida e câmbio de 6 marchas, itens até então não presentes em sua categoria. Mesmo assim, seu trabalho não será fácil, pois precisará enfrentar a líder de mercado, Honda CB 300R, e a Yamaha Fazer 250 - produtos com as “grifes” das marcas japonesas já bem conhecidas pelo consumidor brasileiro.
Nesta disputa ainda corre por fora a Kasinski Comet GT 250, uma moto de origem sul-coreana com características similares e ao mesmo tempo diferentes das três concorrentes. Apesar de estar na mesma faixa de cilindrada, a Comet apresenta motor bicilíndrico, enquanto as outras possuem motores de 1 cilindro, e caráter mais esportivo que as outras do segmento. Com preço sugerido de R$ 10.190, a Next 250 chega como a mais barata da categoria dentre as principais marcas do Brasil. As opções de cores são: pérola, vermelho e preto.
Para conferir o comportamento da motocicleta, o G1 foi até o circuito de Penbay, em Taiwan, para andar com a nova Dafra Next 250. Apesar de não ser a condição ideal para avaliar esta moto, já que trata-se de um modelo com aptidões urbanas e esporadicamente estradeiras, o teste na pista serviu para levar a moto ao limite e, principalmente, analisar o comportamento de freios, motor e chassi.
A pista fica ao sul da ilha de Taiwan e é local de uma antiga base militar. Seu traçado tem o total de 3.527 metros e trechos bem sinuosos que mostraram que a motocicleta possui um conjunto firme em curvas. Em alta velocidade as suspensões da Next garantem boa estabilidade, mesmo quando os limitadores das pedaleiras raspam no chão.
Saindo das curvas, o motor proporciona arrancadas condizentes com seu segmento e, segundo a Dafra, a motocicleta faz de 0 a 100 km/h em 11s92. Isto ocorre graças ao seu motor de 249,4 cm³ com injeção eletrônica e refrigeração líquida, característica inédita no segmento das motos urbanas até 300 cm³ no Brasil. Este monocilíndrico apresentou funcionamento bem suave, sem muita vibração, e com entrega de força linear.
De acordo com a Dafra, o propulsor rende 25 cavalos a 7.500 rpm e 2,75 mkgf de torque a 6.500 rpm. Com a ajuda do câmbio de 6 marchas, a marca afirma que a moto terá consumo bem baixo, principalmente em rodovias, mas a Dafra não divulgou nenhum valor específico. Na prática, o dispositivo garante um melhor proveito das faixas de rotações do motor, porém, obriga o usuário a realizar trocas de marchas mais frequentes.
Além disso, a moto ganha um fôlego a mais em sua velocidade final. Na reta principal do circuito com 600 metros de comprimento, foi possível atingir 120 km/h registrados no painel da motocicleta. Contudo, a limitação de distância da reta impediu de alcançar a velocidade máxima da moto que deve estar próximo aos 130 km/h, apesar de a marca não divulgar nenhum dado oficial sobre este fator.
Ergonomia à moda brasileira
Como as brasileiros são notadamente maiores que os taiwaneses, a Dafra realizou mudanças no conjunto para a moto ficar mais receptiva aos consumidores. Entre as principais, estão novas calibragens da suspensão e motor para se adaptarem, respectivamente, ao solo e ao combustível do país e nova ergonomia. “Somente para o Brasil estas mudanças foram realizadas em um trabalho em conjunto com a SYM”, explica Gustavo Poletti, engenheiro de desenvolvimento da Dafra.
Alterações na posição da pedaleira e novo guidão possibilitaram ao piloto ficar de modo mais esguio e confortável na motocicleta. O que pode ser comprovado durante a avaliação já que um exemplar da T2, nome da moto em Taiwan, também foi analisada pelo G1. Além destas modificações, 42 itens, de um total de 590, são feitos no Brasil. Desse modo, 7% da motocicleta é nacionalizada e toda a sua montagem, inclusive a do motor, é feita no país. “Caso consideremos as peças principais, o número de itens feitos no país aumenta para 20%”, explica Poletti.
Entre as peças brasileiras, estão os pneus Pirelli, guidão, relação (coroa, pinhão e corrente), retrovisores, piscas e alavanca de embreagem. Contudo, os modelos da moto para o mercado asiático e também europeu, onde é chamada de Wolf 250, possuem disco dianteiro mais moderno do tipo wave, já a versão brasileira é convencional. Segundo a marca, esta escolha ocorreu para reduzir o custo da moto.
Durante os deslocamentos na pista, a moto apresentou um comportamento bem satisfatório para a categoria e esta primeira impressão indica que será um concorrente de peso para as motos já existentes. Contudo, a Next possui um ângulo de esterço reduzido, algo imperceptível no circuito, mas que pode ser constado no slalon. Isso pode prejudicar, sobretudo, na cidade com tráfego pesado, quando é necessário “costurar” entre os carros.
Outro ponto que não agradou foi o espaço reservado para o garupa. Apesar de obter um caráter mais esportivo, a adoção do banco bipartido revelou-se desconfortável ao passageiro, pois há pouca espuma no assento e a pedaleira deixa as pernas bastante flexionadas, para quem possui mais de 1,80 metro. Além disso, a alça da garupa não proporciona uma acomodação muito boa das mãos e é necessário certo esforço para se firmar.
Mesmo com estes deslizes, a Next tem potencial de ganhar espaço pelo preço e a tecnologia; resta saber como será a durabilidade do produto no Brasil.
“Além de conseguir um interessante número de vendas, esperamos cerca de 10 mil unidades por ano, a Next 250 será importante para a imagem da empresa”, explica Creso Franco, presidente da Dafra. Para obter este produto, a marca brasileira buscou junto à SYM, parceira da Dafra em Taiwan, a Next 250, produto que custou cerca de US$ 10 milhões para ser desenvolvido pela fabricante taiwanesa.
As armas da Next 250 para conquistar o público são seu visual agressivo e o diferenciado conjunto tecnológico, que conta com motor de refrigeração líquida e câmbio de 6 marchas, itens até então não presentes em sua categoria. Mesmo assim, seu trabalho não será fácil, pois precisará enfrentar a líder de mercado, Honda CB 300R, e a Yamaha Fazer 250 - produtos com as “grifes” das marcas japonesas já bem conhecidas pelo consumidor brasileiro.
Nesta disputa ainda corre por fora a Kasinski Comet GT 250, uma moto de origem sul-coreana com características similares e ao mesmo tempo diferentes das três concorrentes. Apesar de estar na mesma faixa de cilindrada, a Comet apresenta motor bicilíndrico, enquanto as outras possuem motores de 1 cilindro, e caráter mais esportivo que as outras do segmento. Com preço sugerido de R$ 10.190, a Next 250 chega como a mais barata da categoria dentre as principais marcas do Brasil. As opções de cores são: pérola, vermelho e preto.
Para conferir o comportamento da motocicleta, o G1 foi até o circuito de Penbay, em Taiwan, para andar com a nova Dafra Next 250. Apesar de não ser a condição ideal para avaliar esta moto, já que trata-se de um modelo com aptidões urbanas e esporadicamente estradeiras, o teste na pista serviu para levar a moto ao limite e, principalmente, analisar o comportamento de freios, motor e chassi.
A pista fica ao sul da ilha de Taiwan e é local de uma antiga base militar. Seu traçado tem o total de 3.527 metros e trechos bem sinuosos que mostraram que a motocicleta possui um conjunto firme em curvas. Em alta velocidade as suspensões da Next garantem boa estabilidade, mesmo quando os limitadores das pedaleiras raspam no chão.
Saindo das curvas, o motor proporciona arrancadas condizentes com seu segmento e, segundo a Dafra, a motocicleta faz de 0 a 100 km/h em 11s92. Isto ocorre graças ao seu motor de 249,4 cm³ com injeção eletrônica e refrigeração líquida, característica inédita no segmento das motos urbanas até 300 cm³ no Brasil. Este monocilíndrico apresentou funcionamento bem suave, sem muita vibração, e com entrega de força linear.
De acordo com a Dafra, o propulsor rende 25 cavalos a 7.500 rpm e 2,75 mkgf de torque a 6.500 rpm. Com a ajuda do câmbio de 6 marchas, a marca afirma que a moto terá consumo bem baixo, principalmente em rodovias, mas a Dafra não divulgou nenhum valor específico. Na prática, o dispositivo garante um melhor proveito das faixas de rotações do motor, porém, obriga o usuário a realizar trocas de marchas mais frequentes.
Além disso, a moto ganha um fôlego a mais em sua velocidade final. Na reta principal do circuito com 600 metros de comprimento, foi possível atingir 120 km/h registrados no painel da motocicleta. Contudo, a limitação de distância da reta impediu de alcançar a velocidade máxima da moto que deve estar próximo aos 130 km/h, apesar de a marca não divulgar nenhum dado oficial sobre este fator.
Ergonomia à moda brasileira
Como as brasileiros são notadamente maiores que os taiwaneses, a Dafra realizou mudanças no conjunto para a moto ficar mais receptiva aos consumidores. Entre as principais, estão novas calibragens da suspensão e motor para se adaptarem, respectivamente, ao solo e ao combustível do país e nova ergonomia. “Somente para o Brasil estas mudanças foram realizadas em um trabalho em conjunto com a SYM”, explica Gustavo Poletti, engenheiro de desenvolvimento da Dafra.
Alterações na posição da pedaleira e novo guidão possibilitaram ao piloto ficar de modo mais esguio e confortável na motocicleta. O que pode ser comprovado durante a avaliação já que um exemplar da T2, nome da moto em Taiwan, também foi analisada pelo G1. Além destas modificações, 42 itens, de um total de 590, são feitos no Brasil. Desse modo, 7% da motocicleta é nacionalizada e toda a sua montagem, inclusive a do motor, é feita no país. “Caso consideremos as peças principais, o número de itens feitos no país aumenta para 20%”, explica Poletti.
Entre as peças brasileiras, estão os pneus Pirelli, guidão, relação (coroa, pinhão e corrente), retrovisores, piscas e alavanca de embreagem. Contudo, os modelos da moto para o mercado asiático e também europeu, onde é chamada de Wolf 250, possuem disco dianteiro mais moderno do tipo wave, já a versão brasileira é convencional. Segundo a marca, esta escolha ocorreu para reduzir o custo da moto.
Durante os deslocamentos na pista, a moto apresentou um comportamento bem satisfatório para a categoria e esta primeira impressão indica que será um concorrente de peso para as motos já existentes. Contudo, a Next possui um ângulo de esterço reduzido, algo imperceptível no circuito, mas que pode ser constado no slalon. Isso pode prejudicar, sobretudo, na cidade com tráfego pesado, quando é necessário “costurar” entre os carros.
Outro ponto que não agradou foi o espaço reservado para o garupa. Apesar de obter um caráter mais esportivo, a adoção do banco bipartido revelou-se desconfortável ao passageiro, pois há pouca espuma no assento e a pedaleira deixa as pernas bastante flexionadas, para quem possui mais de 1,80 metro. Além disso, a alça da garupa não proporciona uma acomodação muito boa das mãos e é necessário certo esforço para se firmar.
Mesmo com estes deslizes, a Next tem potencial de ganhar espaço pelo preço e a tecnologia; resta saber como será a durabilidade do produto no Brasil.
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