sexta-feira, 29 de junho de 2012

Fiat começa a produzir o sedã Viaggio

A Fiat começou nesta quinta-feira (28) a produzir o sedã Viaggio na estreia de sua primeira fábrica na China, voltada ao mercado local. A planta fica na província de Hunan e é o resultado de um investimento de US$ 786,7 milhões entre a montadora italiana e a chinesa GAC, a sexta maior montadora do país. A meta é produzir 140 mil unidades do Viaggio ao ano.
Fiat Viaggio será feito em parceria com a parceira local GAC (Foto: Paula Ramón/G1)
O modelo, que é feito na mesma plataforma do Dodge Dart -a Fiat comprou a Chrysler no ano passado-, e foi apresentado no Salão de Pequim, em abril passado. Ele é equipado com motor 1.4 T-Jet, de 120 ou 150 cavalos (dependendo da versão), acoplado a um câmbio automático de cinco marchas ou à nova transmissão automatizada da Fiat, de dupla embreagem e seis velocidades.

"Estamos chegando muito atrasados", disse o CEO da Fiat Sergio Marchionne nesta quinta, sobre a abertura da planta na China, segundo reportagem do "Detroit News". "Temos muito trabalho a fazer". A montara italiana foi uma das últimas a investir na produção de carros no maior mercado atualmente no mundo. O objetivo da Fiat é alcançar a marca de 200 mil carros vendidos na China até 2014, informou o gerente-geral da joint-venture, Jack Cheng, em abril passado. Em 2011, segundo o Detroit News, a Fiat comercializou apenas 991 veículos no país, ao passo que a General Motors vendeu 2,55 milhões e o grupo Volkswagen, 2,26 milhões.
A Guangzhou Auto (GAC) é a terceira parceira da montadora na China. Antes disso, a companhia já havia se aliado à Nanjing Automobile Group Corp, encerrada em 2007, quando ela foi comprada pelo SAIC Motor Corp, e à Chery, cuja joint-venture terminou dois anos depois.
Fiat Viaggio (Foto: Divulgação)

Empresa brasileira fará limusine com detalhes folheados a ouro



limusine ouro (Foto: Divulgação)Limusine com retrovisor, grade e maçanetas folheadas a ouro (Foto: Divulgação/Kennedy Bacarin)
Os Estados Unidos continuam mantendo viva a tradição das limusines, mas os clássicos sedãs cada vez mais competem com SUVs e utilitários ou mesmo modelos improváveis como Kombi e Fusca (veja fotos) que foram cortados ao meio e "esticados". O Brasil também é terreno para esses carrões tipicamente usados aqui para levar noivas e que agora também servem para festinhas infantis, ações de publicidade e até funerais.
Uma empresa do Paraná, que se descreve como a única profissional na fabricação de limusines no país está fazendo uma a partir de um sedã Chrysler 300C com detalhes folheados a ouro. Outros projetos são uma "réplica" de um Hummer H2, que pretende chegar a 10,2 metros de comprimento, com rodas aro 26, e uma limusine baseada em um triciclo, para 8 pessoas.
limusine com detalhes em ouro (Foto: Divulgação/Procópio Limousines)Base foi um sedã Chrysler 300C (Foto: Divulgação/Kennedy Bacarin)

Para fazer o modelo com ouro, a Procópio Limousines recorreu ao trabalho de um especialista local. "Foi a primeira vez que ele teve que trabalhar com um automóvel, mas disse que, tendo uma base cromada, seria possível revesti-la de ouro", explica o diretor comercial Kennedy Bacarin da Silva. Foram folheados detalhes externos como grade, maçanetas e retrovisores. O investimento total, incluindo o valor do veículo -adquirido pelo cliente- e a transformação fica entre R$ 300 mil e R$ 350 mil, diz ele. O destino de tanto luxo é também o aluguel para eventos.
Bacarin conta que o histórico das limusines no Brasil se divide em duas etapas. "Primeiro, com a abertura do país para os carros importados, na época do Collor, quando chegou a velha geração, as limusines importadas. Depois, isso se tornou inviável e elas começaram a ser produzidas aqui. Em 2005, fizemos uma com uma GM Grand Blazer", conta. Antes desse tipo de serviço, ele o pai já adaptavam picapes cabine simples para cabine dupla.
limusine ouro interior (Foto: Divulgação)Interior da limusine feita com base no Chrysler 300C (Foto: Divulgação/Kennedy Bacarin)
O que mudaO diretor explica que transformar um carro comum em uma limusine leva 7 meses. O veículo é cortado em dois para ser aumentado e nem todo modelo serve para isso. "Carros com formas arredondadas não ficam bons", diz Bacarin. Além de alongado entre 1,60 m a até 4,5 m, o carro é recheado de "mimos", conforme o desejo do dono. Os mais comuns são frigobar, telas de TV, jogo de luz e espelhos. Uma bateria extra serve somente para abastecer essa parafernália.
"Aumentamos a potência do alternador, também mexemos em chicote e fiação, suspensão, escapamento/exaustão, dutos de combustível e transmissão. A parte do motor é preservada", afirma. O Chrysler 300C, usado nesse projeto atual, passará a pesar até 500 kg a mais depois de pronto.
Em geral, afirma Bacarin, os carros transformados não são zero quilômetro. Para que rodem depois de prontos, é necessária autorização do Departamento de Trânsito (Detran) local, vistoria do  Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o Certificado de Segurança Veicular (CSV), exigidos para qualquer modificação.
projeto limotrike (Foto: Divulgação/Procópio Limousines)Projeto "Limotrike" tem limusine feita com base em
triciclo (Foto: Divulgação//Kennedy Bacarin)
A "limo" rosa
O preto ainda predomina, mas o branco vem ganhando espaço no mercado das limusines. E o rosa também conquistou seu lugar -no coração de debutantes e crianças. No Rio de Janeiro, uma empresa montou um site só para divulgar sua "limo" rosa, que é um Chrysler PT Cruiser 2009. Ele é alugado basicamente para festas infantis e de 15 anos, e foi transformado pelo dono da empresa. Sergio Fernandes afirma ter investido R$ 180 mil na modificação e cobra R$ 1,2 mil por duas horas a bordo do carro, incluindo decoração, comida e bebida.


Ele explica que comprou a primeira limusine já pronta, de um empresário de Brasília, há 2 anos, e depois "tirou os modelos" para fazer outras transformações -a frota da Limousine Service Brazil conta ainda com dois Jaguar e ele trabalha agora em uma picape Ford F-250, onde pretende instalar de duas a três telas de 32 polegadas.
Nenhum dos entrevistados quis fornecer fotos dos carros sendo transformados, "para não dar dicas à concorrência", disseram. Bacarin diz que só tem disponibilidade para fabricar uma nova limusine a partir de outubro. Fernandes afirma ter agenda lotada até 2013 com as festas no carro rosa.
limusine rosa (Foto: Divulgação)