Limusine com retrovisor, grade e maçanetas folheadas a ouro (Foto: Divulgação/Kennedy Bacarin)
Os Estados Unidos continuam mantendo viva a tradição das limusines, mas
os clássicos sedãs cada vez mais competem com SUVs e utilitários ou
mesmo modelos improváveis como Kombi e Fusca (veja fotos)
que foram cortados ao meio e "esticados". O Brasil também é terreno
para esses carrões tipicamente usados aqui para levar noivas e que agora
também servem para festinhas infantis, ações de publicidade e até
funerais.Uma empresa do Paraná, que se descreve como a única profissional na fabricação de limusines no país está fazendo uma a partir de um sedã Chrysler 300C com detalhes folheados a ouro. Outros projetos são uma "réplica" de um Hummer H2, que pretende chegar a 10,2 metros de comprimento, com rodas aro 26, e uma limusine baseada em um triciclo, para 8 pessoas.
Base foi um sedã Chrysler 300C (Foto: Divulgação/Kennedy Bacarin)
Bacarin conta que o histórico das limusines no Brasil se divide em duas etapas. "Primeiro, com a abertura do país para os carros importados, na época do Collor, quando chegou a velha geração, as limusines importadas. Depois, isso se tornou inviável e elas começaram a ser produzidas aqui. Em 2005, fizemos uma com uma GM Grand Blazer", conta. Antes desse tipo de serviço, ele o pai já adaptavam picapes cabine simples para cabine dupla.
Interior da limusine feita com base no Chrysler 300C (Foto: Divulgação/Kennedy Bacarin)
O que mudaO diretor explica que transformar um
carro comum em uma limusine leva 7 meses. O veículo é cortado em dois
para ser aumentado e nem todo modelo serve para isso. "Carros com formas
arredondadas não ficam bons", diz Bacarin. Além de alongado entre 1,60 m
a até 4,5 m, o carro é recheado de "mimos", conforme o desejo do dono.
Os mais comuns são frigobar, telas de TV, jogo de luz e espelhos. Uma
bateria extra serve somente para abastecer essa parafernália."Aumentamos a potência do alternador, também mexemos em chicote e fiação, suspensão, escapamento/exaustão, dutos de combustível e transmissão. A parte do motor é preservada", afirma. O Chrysler 300C, usado nesse projeto atual, passará a pesar até 500 kg a mais depois de pronto.
Em geral, afirma Bacarin, os carros transformados não são zero quilômetro. Para que rodem depois de prontos, é necessária autorização do Departamento de Trânsito (Detran) local, vistoria do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o Certificado de Segurança Veicular (CSV), exigidos para qualquer modificação.
Projeto "Limotrike" tem limusine feita com base em
triciclo (Foto: Divulgação//Kennedy Bacarin)
A "limo" rosatriciclo (Foto: Divulgação//Kennedy Bacarin)
O preto ainda predomina, mas o branco vem ganhando espaço no mercado das limusines. E o rosa também conquistou seu lugar -no coração de debutantes e crianças. No Rio de Janeiro, uma empresa montou um site só para divulgar sua "limo" rosa, que é um Chrysler PT Cruiser 2009. Ele é alugado basicamente para festas infantis e de 15 anos, e foi transformado pelo dono da empresa. Sergio Fernandes afirma ter investido R$ 180 mil na modificação e cobra R$ 1,2 mil por duas horas a bordo do carro, incluindo decoração, comida e bebida.
Nenhum dos entrevistados quis fornecer fotos dos carros sendo transformados, "para não dar dicas à concorrência", disseram. Bacarin diz que só tem disponibilidade para fabricar uma nova limusine a partir de outubro. Fernandes afirma ter agenda lotada até 2013 com as festas no carro rosa.
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